Então o amor vem, te completa em tantos momentos, te deixa cativante, radiante, te goza, te sente, te venera, te escolhe... De repente, o amor cansa e vai embora. E como entender isso? São pensamentos, situações novas, pessoas novas, conflitos novos, conceitos mortos... Mas a gente insiste porque sabe que se é recíproco, vale a pena lutar, correr, voar... Mas não. Não devemos. Se existe a reciprocidade, muito pelo contrário, a luta é desnecessária. Mas mesmo assim, pensamos, queremos ver até onde chegamos. Tentar: essa é a palavra mil vezes dita por todos que amam. Não, meus caros. Quando existe amor não se tenta, o amor por si só nos sustenta, nos deixa livre para amar. E continuamos a nos declarar, a querer mostrar... Erro. Se é o amor que nos sustenta, não necessitamos declarar, mostrar, o amor por si só efetua essa compreensão. Então, se estamos a tentar, a lutar, a querer, a declarar, a mostrar... Não nos enganemos, são simplesmente resquícios de um amor não mais recíproco. Sigamos, pois, a Vida.
Por: Ana Paula Morais